Resenha: Descendentes (Filme)
- Adim:Ruby White
- 29 de dez. de 2017
- 4 min de leitura

Olá, pessoal. Como foi o dia? Esses últimos dias estava assistindo Descendentes, tanto o primeiro quanto o segundo filme, e pensei em fazer uma resenha de cada. Quando lançou o primeiro filme, eu fiquei bem empolgada. Sempre via o trailer, e meio que viciei, mas infelizmente nunca conseguia assistir toda vez que tentava... Até que um dia finalmente eu consegui assistir.
Descendentes é uma releitura dos contos de fadas, onde um reino chamado Auradon é governado pela "Bela e a Fera" e todos os vilões, de todos os contos de fadas conhecidos no mundo da Disney, estão presos em uma ilha: A Ilha dos Perdidos. Então, Ben, o filho da Bela e a Fera e futuro rei de Auradon, decide oferecer um "intercâmbio" para quatro descendentes de vilões, sendo eles: Mal (Filha da Malévola), Carlos (Filho da Cruella De Vil), Jay (Filho do Jafar) e Evie (Filha da Rainha Má).
Claro, todos são contra essa ideia por acharem que filhos de vilões não serão nada além do que vilões. Eles sabiam que provavelmente estariam ali para causar o caos, mas não adivinharam o tamanho do caos que eles planejavam.mas o que ninguém esperava é que eles apenas aceitaram esse acordo para poderem roubar a varinha da Fada Madrinha, que é a pessoa que controla a escola e detém do artefato mais poderoso desse mundo.
A primeira impressão que tive foi que os pais deles eram bem controladores e gananciosos como "bons" vilões, e que seus filhos se sentiam no dever de agradá-los a qualquer custo. Acho que esse foi um dos motivos que eram tão solidários uns com os outros.

Uma parte de mim esperou uns figurinos bem Malévola, mas já sabemos que não foi bem assim, porque apesar de tudo, toda a história tem aquele ar bem "conto de fadas", tudo mais brilhante, podemos dizer assim. Tipo comercial de amaciante.

A amizade deles é realmente muito fofa. Com o passar do filme vemos todo aquele companheirismo e fortes laços de família. Leais uns com os outros. E, claro, que isso nos fornece muitos shipps (Carlos x Jay, Evie x Mal, Carlos x Mal...). Os shipps são incontáveis. É tanto bromance que a vontade de ler uma fanfic deles é muito grande.

Um ponto bem interessante, que talvez seja o que realmente o filme quer nos passar, é o esforço que eles têm para se enquadrarem em um lugar que é o oposto do que eles são, pelo menos a primeira vista. Eles tem a oportunidade de escolher entre o "bem" e o "mal"; entre o que seus pais queriam e o que eles querem. Nos colocam para refletir se estamos lutando por uma causa que não é nossa ou por algo que realmente queremos e nos faz feliz?
As trilhas sonoras, as canções... são bem emocionantes. É aquele tipo de música que baixamos no celular e ficamos horas só repetindo. Além de se adaptarem perfeitamente bem na história, possuem um clima bem divertido.
Já os contras, são alguns furos da história, como o porquê de ser somente quatro jovens da Ilha dos Perdidos. Tinha algumas explicações que deram falta. Cada vilão tinha apenas um filho feito da onde? Cada um tinha apenas uma mãe ou só um pai. Acho que o único que tinha pai e mãe era o Ben, porque eles eram os Rei e Rainha de Auradon.

Eu sei que existem pais e mães que criam seus filhos sem a necessidade do outro, mas poderiam explicar mais a situação. Seria interessante. E o fato de parecer que basicamente todo vilão e todo mocinho possui um filho, não dois ou nenhum, e sim, um filho é meio estranho. Ás vezes as pessoas possuem mais filhos ou apenas não tem nenhum, e isso parece uma situação inexistente no filme.
Outro problema, é que em alguns momentos o foco não parecia ser bem distribuído. Carlos e Jay ás vezes pareciam que simplesmente viraram figurantes assim como seus pais que não parecem ter qualquer função de estar ali ao não ser serem seus pais. Seria divertido se abrangessem mais certos assuntos. Entendemos que romance é muito bom, mas não é a coisa mais importante no mundo.

E, claro, não menos importante é a maldade dos personagens. Ela mal existe. Ainda temos algumas amostras de como é ser criado em lugar onde o mal impera, contudo são bem poucos e fracos. Ficamos sentindo a falta do lado mais sombrio que todo ser humano possuí. E aquela enrolação do final? Realmente meio broxante. Essa cena é bem fofa e importante para o desfecho, mas é muito enrolada. Toda aquela melação e eles acabam não fazendo nada de ruim.
Alerta de spoiler: Ainda me pergunto como a Malévola se libertou. Nenhum outro vilão conseguiu. E quem usou a varinha nem tinha esse objetivo, então não tinha muita lógica. (selecione para ver)
Descendentes é um filme tranquilo para se assistir com a família ou quando quiser apenas se sentir mais feliz com a vida. E aprendemos com ele o que acontece se isolarmos todos os "malvados" em um só lugar que não seja filhos. E, sim, a Ilha dos Perdidos me lembra bastante do porquê de ainda existir favela e o motivo pelo qual elas foram criados. A marginalização de pessoa que não mereciam tal tratamento. Principalmente, se foi por algo que você não fez. Sentenciar todos independente do que fizeram, sem um julgamento em um lugar onde não poderão alcançar nenhum "bonzinho" é muito controverso. Alguns apenas erram, e duvido muito que o bem está apenas em algumas pessoas e o mal em outras. É como dizer que somos escolhidos pelo mal e pelo bem, e que não possuímos a capacidade de escolher. E isso é bem evidenciado no filme.

Espero que tenham gostado da resenha. Se já assistiram descendentes, por que não conta o que achou? Deixo esse vídeo de uma música da Sofia Carson que lançou esses dias:
"O mal está em todos nós, inclusive naqueles que se dizem bons."
R.W.
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