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Armadilha do anjo |.| Capítulo II - Zac


Eu não deveria ter contato que sou um anjo! Mas acho que um mortal como ele não entenderia e acharia que seria piada. O rio de lágrimas que saia dos meus olhos pela a dor que eu sentia, faziam-me pensar um pouco mais sobre o que eu estava fazendo naquela casa, deixando uma pessoa como ele cuidar de mim, um anjo. Não posso me esquecer do principal motivo de eu ter voltado para esta terra: para não pecar. Não cometer erros novamente, ficar livre de tudo o que poderia me diminuir e fazer disso a minha fonte de evolução espiritual.

"Por que desta dor em meu corpo? O que está acontecendo? Meu peito dói. O que é isso em mim?"

Ter um corpo nunca foi tão complicado. Não me recordava do quanto um corpo pesava. Do que ele poderia sentir. Acho que é o que os arcanjos falavam do desejo carnal. Já não me lembro de muita coisa que foi dita sobre meus objetivos, e o que eu iria enfrentar aqui, ou sobre as coisas que eu deveria sentir para evoluir. E o que eu não deveria sentir para evoluir. Acredito que seja melhor eu ficar calmo esperar meu corpo me responder novamente para que eu possa sair de perto deste mortal e logo em seguida irei apagar a memória dele. Para que não se lembre de quem eu sou.

Abri meus olhos para ver o que estava acontecendo ao meu redor. O silêncio me acalmava, mas ao abrir os olhos, a única coisa que avistei, foi o menino que a pouco tempo me socorreu, dormindo em uma cadeira ao lado da cama e no colo dele um gato que me encarava. E ele começou a miar como um despertador, fazendo com que o garoto acordasse. Levantou-se com um susto ao olhar para mim.

— Como você está se sentindo?

Já era tantas perguntas que meu corpo fazia, e agora, ele também. Acho que isso já é demais. As perguntas sobre o que aconteceu logo iram começar a me rondar como uma espécie de monstruosidade

— Estou melhorando. Não se preocupe comigo.

— Posso perguntar uma coisa? - Lá vem elas no memento certo.

— Claro. — Levantei o meu corpo e sentei na cama. —Bem, sobre antes, para ser honesto eu não sabia seu nome, eu só peguei isso. — e de repente ele estava com minha carteirinha de estudante da faculdade.

— Como você pegou isso, e outra coisa, como você trouxe ela até aqui sem roupas? — Ele perguntou, com certa incredulidade.

— Eu achei ela na estação do Brooklyn e decidi te seguir para te entregar, mas passei mal no trem a caminho, e aí você me socorreu. — parei por alguns segundos, e continuei. — E sobre o que você ia perguntar?

— Bem, acho que isso já sana minhas dúvidas.

"Por que ele não vai me perguntar o que eu fiz para chegarmos aqui na casa dele? Acho que ele tem quedas de memória."

— Só isso?

— Na verdade, não. Queria muito saber como chegamos aqui, mas minha médica disse que ia ser normal as alucinações e as perdas de memória, então acho que isso seria coisa que minha cabeça tenha projetado. — Ele se manteve com a cabeça baixa o tempo inteiro que falava. E a última frase não passou de um sussurro.

— Você viu minha túnica? — perguntei.

Evitei o assunto, me questionando sobre a melhor desculpa da minha vida que iria inventar sobre o que aconteceu. Mas, o melhor, era que eu não precisei pecar para me safar dessa.

— Acho que acabou ficando pelo o caminho! Vou dar uma olhada nas escadas e no elevador para ver se está lá. Já volto. — Depois de dizer isso ele saiu com pressa, mas ao mesmo tempo com cautela.

Acho que este garoto tem mais problemas do que aparenta, bom pelo menos ele tem um bom coração. Só não acho que seja uma coisa boa se o que aconteceu comigo, também acontecesse com uma pessoa ruim, acho que aí seria um pouco complicado para ele. Acho que nem vivo ele deveria estar. Onde estão os pais dele? Ou as pessoas que cuidam dele? Será que ele vive sozinho?!

Mais rápido do que eu esperava, ele tinha voltado. Não escutei ele abrir a porta, mas o gato parecia ter escutado e foi em direção a porta, então deduzi que ele já tinha voltado.

— Desculpa, mas eu não achei sua túnica. Desculpa. Mas acho que algumas roupas minhas cabem em você. — Ele me observou por um tempo, e acabou exclamando: — Você é tão alto! Acho que meu primo tinha escondido algumas roupas aqui para ele viajar no próximo verão, então acho que tudo bem você usá-las por enquanto.

— Queria recusar, mas como não poderia andar por aí pelado, acho que não daria certo. Além de que meu corpo já mudou um pouco sobre meu conceito de nudez.

— Acho melhor você tomar um banho antes de se vestir, além de ajudar a acabar com a febre. Eu vou te emprestar minha tolha.

— Obrigado — sorri com simpatia.

— A-acho que vou espera lá fora. Você deve querer um pouco privacidade para ir no banheiro e depois trocar de roupa. O banheiro fica ali no canto mesmo. Se tiver algum problema, eu vou estar aqui na cozinha, okay? Fique a vontade.

— Obrigado — agradeci novamente.

Ele fechou a porta do quarto assim que me entregou uma toalha branca felpuda. Levantei da cama e fui em direção ao banheiro, que era um lugar bem organizado, não era muito grande, mas também não era muito pequeno.

Peguei a toalha e coloquei em um gancho que tinha na porta, e fui até o box e abri a torneira para que a água saísse. Não tinha muito o que dizer sobre os banheiros da terra, e nem da temperatura da água, contudo era relaxante a água que caia morna pelo um corpo.

O sabonete líquido estava do lado da torneira. Me higienizei como um humano faria. E sai do banheiro, havia esquecido a toalha no banheiro, voltei para pegá-la quando vi que estava pingando água no chão. Comecei a secar minhas pernas, e depois minha cabeça quando eu senti um cheiro estranho e familiar, era doce mas arisco também, logo identifiquei o cheiro, era do Luckas. O cheiro era muito bom, quase viciante, mas me foquei em me secar e vestir uma cueca que estava em cima da cama com um shorts e uma camiseta provavelmente era do primo de Luckas. Achei que servia perfeitamente. As roupas da terra pinicavam um pouco e deixavam minha pele um pouco incomodada, porém ela logo se acostumou ao tecido.

Quando terminei, eu abri a porta da cozinha, e o Luckas estava bem próximo tomando um líquido quente que inundava com seu forte aroma o resto da casa inteira.

— Aceita um chá? — ofereceu, me estendendo a xicara que segurava.

— Aceito, sim, se for essa coisa quente que você está tomando! — sorri.

— Sabe, é bom fazer chá para outras pessoas além de mim. Já fazia um tempo desde que tive alguma visita. Ele apanhou uma xicara que estava na parte superior do armário perto do fogão e colocou a xicara embaixo de uma cafeteira e fez um chá de limão.

— Agora, vou tomar um banho e depois vou preparar algo para comermos.

Era impressionante como ele me tratava como uma espécie de hóspede de luxo.

Depois disso ele entrou para o quarto e estava tomado banho. Fui no quarto para pegar o cartão da faculdade dele para ver o que ele cursava. Quando passo pela a porta do quarto vejo ele pelado em minha frente com o pênis ereto, mesmo de longe, dava para ver as pulsadas.

— Desculpa— disse não conseguindo parar de olhar para as partes íntimas dele, ao mesmo tempo em que sentia meu rosto ficar quente.

—Não tem problema você também é homem! — Pareceu ficar com vergonha, se virou e foi para o banheiro, mostrando sua bunda morena com covinhas em cada nádega.

— O que foi isso?! —questionei para baixinho

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