Resenha: Insônia (1# Sonâmbulos)
- Adim:Ruby White
- 7 de fev. de 2019
- 3 min de leitura

TÍTULO: Insônia AUTOR (A): J. R. Johansson GÊNERO: Suspense, Literatura Juvenil e ficção EDITORA: V&R Editoras
PÁGINAS: 342
SINOPSE: Depois de anos sem conseguir dormir, Parker Chipp não aguenta mais. Toda noite em vez de cair no sono, ele entra nos sonhos da última pessoa com que faz contato visual. Sem descansar por tantas noites, Parker pode morrer. De fato, ele estaria condenado a uma vida angustiante, não fossem os sonhos da bela jovem Mia. Calmos e descomplicados, os dela dão a ele o descanso tão desejado - são totalmente viciantes. Então o que começa com um encontro casual transforma-se em obsessão. O desejo furioso de Parker por sua fonte particular de prazer leva-o a extremos nunca imaginados. E, quando um desconhecido começa perseguir Mia com ameaças de morte tenebrosas, os brancos na memória de Parker fazem-no duvidar da própria inocência.
J.R. Johansson conduz o leitor a uma narrativa intrigante repleta de tensões e cenas assustadoras. Tudo isso permeado por um romance cativante que despertas os sentimentos do leitor. Prepare-se para mergulhar no primeiro livro da série Sonâmbulos. Você vai ficar de olhos bem abertos até a última página.
Esses foi um dos livros que mais enrolei pra terminar. Toda vez que tentava ler acabava desistindo da leitura e retomando novamente. No começo, achei a escrita bem pesada e um pouco maçante. Há tanto foco em seu ponto de vista conturbado e problemático, além de obsessivo. Contudo, conforme novos acontecimentos foram surgindo, percebi o quanto a escrita era fluente e clara.
Primeiramente, jurava que Parker, o protagonista, era bem mais velho do que um estudante do ensino médio.
Segundo, não achei quando seria incômodo observar pela perspectiva do "vilão", invés da vítima. Saber os motivos e como aquilo gerou uma série de consequência poderia ser tão estranho.
As pistas que nos são dadas junto do que sabemos sobre cada personagem é muito bem colocado. Coisas que achamos ser furos acaba por ser um detalhe muito importante para descobertas futuras.
Como já disse, a escrita é clara e de fácil entendimento, mesmo em momentos confusos, nos deixando a mercê do que Parker pensa e deduz. Houve reviravoltas, que já eram esperadas, mas impactantes inerente as incertezas do leitor.
O Finn, melhor amigo de Parker, é um dos melhores personagens. Além de ser muito leal, ele ajudou da melhor forma que pôde. Ele e sua irmão, que acho que seria o par de Parker, invés de Mia como da a entender na sinopse e no começo do livro.
Bolamos muitas teorias que são basicamente mastigas pela autora. Como o fato da maldição de Parker, como ele mesmo a chama, é hereditária, vinda através de seu pai. Coincidências, como as dores de cabeça e atitudes semelhantes.
Parker tem uma habilidade surpreendente de compreender o que querem e pensam. Sendo ótimo em manipulação. O que já considero uma parte de sua personalidade um pouco sombria.quando acaba sendo dominado pela impulsividade, chegando ao ponto da sua personalidade se dividir em prol da sua sobrevivência.
Partindo de momentos que nem ele mesmo lembra do que fez ou não. O que me fez pensar que é por esse motivo a série se chama "Sonâmbulos". A sua outra personalidade que ele a denomina "Sombrio" é puramente instinto pela sobrevivência e o que quer fazer, sem nenhuma restrição, abraçando suas próprias trevas invés de renegá-las.
Todos os personagens foram muito bem usados. Cada qual com sua função e a exercendo muito bem. Addie, seria o lado ainda humano e adolescente de Parker, sempre acreditando em sua inocência e humanidade. Sua mãe seria a sua responsabilidade e Finn seria o aliado que ele mesmo não poderia ser.
Em meio aos sonhos e a realidade, Parker acaba se perdendo sem saber qual é qual. E mesmo com a loucura e a morte tão próxima sua "maldição" acaba evoluindo o que foi bem esperado. Não aguentava mais.
Em geral gostei bastante do livro. Não achei que teria vontade de ler o restante da série, mas estou bem interessada em como vai continuar essa história. Provavelmente, haverá um triângulo amoroso, que se iniciou nesse livro, mas quase não foi explorado.
No decorrer do livro, a maioria das pessoas que foi narrado os sonhos que Parker vivenciou como "Observador", relataram algum relacionamento abusivo. Até o desfecho final, nos deu exemplos o quanto um homem pode ser abusivo e violento, além de manipulador.
"Quando me virei para ir embora, fui detido de maneira abrupta pela mão dele no meu ombro. A raiva dentro de mim irrompeu; virei-me e o ataquei sem pensar. Só quando senti a dor irradiando pela minha mão, de onde ela havia tocado a face dele, foi que percebi o que tinha feito."
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