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Resenha: A Rainha Vermelha

  • Foto do escritor: Adim:Ruby White
    Adim:Ruby White
  • 28 de fev. de 2019
  • 5 min de leitura


TÍTULO: A Rainha Vermelha

AUTORA: Victoria Aveyard

GÊNERO: Literatura Juvenil - Ficção e Distopia

EDITORA: Seguinte

PÁGINAS: 419


SINOPSE: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado.

Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.


Depois de muito tempo enrolando só para finalizá-lo consegui lê-lo do comecinho ao final. o Segundo da lista depois de Insônia. Dessa vez nem lembro o por quê fiquei tão tensa para continuar a ler. A protagonista se prende cada vez mais em uma teia de aranha. E até o final já esta prestes a ser devorada.


A escrita é muito fluente e a leitura, apesar da continuidade de parágrafos longos, é rápida. Quando comprei nem mesmo prestei atenção a sinopse, me prendi apenas na capa que é muito linda. E o nome é chamativo o suficiente para mim. A primeira coisa que pensei, é que seria um livro inspirado em Alice no País das Maravilhas. Talvez seja, mas é algo totalmente diferente, apesar das semelhanças.


No decorrer do livro algumas coisas acabam se ajustando com praticidade com informações que só temos em outro momento adiante da leitura. Sinceramente, quanto aos poderes de Mare, nem suspeitei de nada. Contudo, com uma segunda leitura, desde o comecinho nos é dado pistas bem óbvias que passaram despercebidas bem embaixo do meu nariz.


Outras nos fazem duvidar até mesmo da verdade. Em um momento torci pelo Cal, o futuro rei, e em outro pelo Maeve, o irmão que sempre era posto em segundo ou terceiro lugar.


Só digo uma coisa, um é um traidor encantador e o outro... teoricamente, também.


Dos últimos capítulos principalmente, foram tantas reviravoltas, que com todas as minhas teorias não chegaram nem na metade. Era algo óbvio, mas por estar tão nítido não era o viável.


Quanto a clara divisão social dos prateados considerados Deuses e dos vermelhos que eram vistos como meros mortais inferiores, se assemelhou a Jogos Vorazes. Tanto pelas arenas de combate ou a mesquinhagem e preconceito latente até mesmo nos que percebemos não serem aparentemente maus.


Ficou um pouco vago (muito) a origem dos poderes e por que apenas prateados o possuíam. E nem o por quê havia essa distinção no sangue. Nem como tudo começou. A forma como os vermelhos são tratados é uma escravidão disfarçada de liberdade. São forçados a continuarem mantendo uma vida de luxo para outros quando nunca vão ter prazer de usufruir disso.


E por isso Mare se torna tanto perigosa para o status dos Prateados quanto a esperança de uma vida melhor para os Vermelhos.


Mare Barrow é uma ladra de mãos leves e rápida, além de um pouco sarcástica e levemente revoltada com o sistema imposto pelos Prateados. No início já percebemos que mesmo que ela reclamasse dos privilégios que não possuía, no fundo era o que desejava. A força que eles tinham e exibiam como forma de opressão nas Arenas, que existiam para divertimento do cidadãos, mas que era eficiente em mostrar como eram fortes e poderosos; invencíveis.


O sentimento de inferioridade que Mare, sua família, o Killiorn, seu melhor amigo, tem é mais social do que individual, obviamente. A todo momento vemos algum deles se lamuriar por algo que o Prateados tem ou pelo o que eles próprios não têm.


E é aí que vemos o quanto algumas coisas se assemelham até na ralidade.


Toda a desigualdade social e o preconceito latente tanto contra os negros quanto aos homossexuais. Aquela sensação que não devemos ser mais do que nos foi imposto, quando isso não passa de uma ilusão frágil de quem está no topo de uma pirâmide que é sustentado expecificamente pelos os que são menosprezados.


A lealdade ao seu povo dos dois lados é da mesma intensidade, contudo as razões de cada lado é imensamente diferente.


Os Vermelhos lutam pelo respeito e uma vida sem miséria, enquanto os Prateados lutam contra si mesmos de outros reinos e buscam manter-se do lado favorável da balança.


A cada geração de herdeiros da coroa há uma tradição onde o príncipe que será futuramente coroado, terá que se casar com uma das escolhidas dentre as Casas: ela é chamada de Prova Real. Onde a filha mais talentosa se casará com o filho mais nobre.


E é em meio essa Prova e demostração de poderes das Filhas das Grandes Casas que Mare é exposta como uma vermelha com poderes. E sua vida vira de ponta a cabeça ao ser declarada uma prateada perdida há muito tempo e filha de um herói de batalha.


Tudo acontece em uma sucessão de acontecimentos previamente calculados. Elara, a atual rainha, foi o personagem que merecia muito mais foco e profundidade. Ficaria feliz que fosse bem mais trabalhada no segundo livro. Além de ser uma mulher independente, poderosa e determinada em atingir seus objetivos, é uma ótima vilã. Gosto de ver tramas onde há disputas de poder entre mulheres. Não pela rivalidade feminina, mas sim, por serem tão independentes que suas forças competem, e não é por causa de nenhum macho. Já vi história suficiente entre dois homens disputando o que quer que seja, que já está na hora de ter mais outras opções.


Os poderes dos Prateados vão de Telecs que podem mover as coisas com o poder da mente, até um murmurador, que é alguém com a capacidade de invadir mentes e controlar o corpo da vítima a seu querer.


O engraçado é o poder de Mare ser tudo o que ainda não viram. Seus poderes são mais fortes que os deles. E puramente inovador comparado aos já conhecidos por eles.


Há traições que, honestamente, não esperava. Claro, passou pela minha cabeça mas nunca a possibilidade de acontecer de fato.


Achei muitos injusto algumas mortes. Eram personagens que seriam de grande valia em outros livros, porém foram simplesmente descartados sem a importância devida.


O final foi eletrizante, se querem saber. A protagonista basicamente rolou escada abaixo para sobreviver com muita sorte e esforço. Mare foi muito indecisa em muitas situações, mas enfim ainda torci por ela, mesmo estando no fim do poço.


E vocês já leram A Rainha Vermelha ou se interessaram em ler?

"Os deuses ainda governam. Ainda descem das estrelas. Só não são mais gentis."


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